quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Gente amiga, revisando minhas gavetas, naquela costumeira faxina de final de ano, encontrei um poeminha que fiz lá em 2006. Neste breve texto tento construir uma interface entre as duas versões conhecidas da criação do mundo: A religiosa e a Científica. Se quiserem:

Caos
(A criação do mundo)

No desespero das horas,
A vida inexiste.
O tempo, louco, chora
O instante triste
Da ausência total.

A escuridão absoluta
O silêncio visceral,
Trazem nos braços
A dor sufocante
De não enxergar,
Porque não há o que ver!
De não escutar,
Porque não há o que ouvir!

Tudo e nada são a mesma coisa
E se fundem na falta de um lugar

* * *
Eis que grande explosão acontece,
Rompe a agonia do silêncio,
E às trevas, fenece!

Feixes de luzes dão o começo
Da dinâmica da vida
Tecida em harmonia
Na dança cósmica regida
Pelo amor de Deus!

Eis a Criação!

Ronei Costa Martins

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